Problema: eu já tinha ligado o modo extreme, e estava - qual cão de caça - preparado para sair para a rua.
Solução: o Carlos também.
Plano alternativo: Aveiro-Caramulo por asfalto.
Apesar de as condições climatéricas não serem de todo favoráveis, e de já ter começado a chover em Aveiro, consideramos que pelo menos estaríamos isentos de apanhar demasiado calor, e porventura algum escaldão :)
Após mudar o pneu de trás, que estava a perder ar, ligados os motores, ás 9horas, a "secção impermeável" do Geotrilhos partia para o Caramulo.
A ritmo forte, e voltando a viver a "sensação mágica" de pedalar debaixo de chuva (Aveiro-Fátima-Aveiro), lá cumprimos os 63 kms até ao Caramulinho.
Após foto (molhada) da praxe, seguimos até à tasca de Malhapão. Onde ao 12h em ponto o cheiro a rojão estufado era intenso.
Ao abrir a porta de entrada, as pessoas olharam-nos como de costume, e travamos conhecimento com os fregueses presentes. Não tentamos explicar o que nos move, para fazermos kms debaixo de uma intempérie daquelas... limitamos-nos a com boa disposição explicar de onde vínhamos, e para onde íamos.
Entretanto o rojão estava pronto, e esquecemos o colesterol por um dia.
Depois de enfardarmos 2 pratos de rojões, e porque a coisa estava salgada... pensamos em porque não ir beber água ao Luso.
Vai daí, e após preciosas indicações dadas pelo dono do tasco, em colaboração com residentes da zona, fizemos-nos à estrada.
Quando saímos, não estavam de todo reunidas as condições para voltar a pedalar. Estávamos molhados, com frio, de barriga cheia... mas 15 minutos depois já isso tudo tinha passado.
Depois de mais 1hora e trinta de pedalada, com muita subida, chegávamos ao Luso.
Eu ainda tentei ir ao Bussaco, mas o meu companheiro - com mais juízo do que eu - demoveu-me da ideia. Restava voltar para casa.
Em direcção a Águeda, Anadia, Sangalhos, e finalmente Aveiro.
Chegámos por volta das 17h com o sol a raiar.
Foi um belo passeio, e um óptimo treino físico e mental.
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