domingo, 7 de novembro de 2010

6ª Maratona de BTT - Nos Trilhos do Ceireiro




No próximo domingo, dia 14 de Novembro, vamos estar na Beselga para mais um grande desafio.

## Informações Importantes
## Mapa da Zona de Concentração
## Site da Associação Beselguense com toda a informação


Programa Geotrilhos
Domingo 14 de Novembro
- 6h:00 - Concentração em Aveiro (pq. estacionamento Feira Nova)
- 7h:00 – Abertura do Secretariado com distribuição dos números e documentação.
- 8h:45 – Informações e esclarecimentos aos atletas.
- 9h:00 – Partida Real (impreterivelmente).
- 9h:30 – Encerramento do Secretariado.
- 17h:00 – Encerramento do Controle.
- Banho.
- Almoço Convívio (Servido a partir das 13.h00).


Ver mapa maior

Percurso da 6ª Maratona


Percurso da 6ª Meia-Maratona



------ Rescaldo ------














Pela primeira vez o Geotrilhos esteve presente na tão já afamada maratona da Beselga, que já vai na sua 6ª edição.
Beselga, freguesia do concelho de Penedono situada a nordeste de Viseu, viu a sua população mais que duplicada no passado domingo dia 14 de Novembro, muito graças a adesão de mais de 7 centenas de participantes, de todo o país, na maratona organizada pela Associação Humanitária Cultural e Recreativa Beselguense.

Esperava-se um dia bastante chuvoso, que seria o reflexo dos dias anteriores, mas durante o decorrer de todo o evento a chuva não apareceu. Apenas para o final alguns pingos resolveram mostrar o ar da sua graça, o que até nem foi mau, já que serviu de motivação aos mais atrasados para que se apressassem, pois o almoço já estava a ser servido.

O início do evento começou com muita correria, problema de quem chega atrasado. A correr a levantar os dorsais, o chip, depois novamente a correr a montar as bikes e a encher os bidões da água. Depois desta azáfama toda, nem tempo tivemos para fazer um mini aquecimento, deslocamo-nos imediatamente para o local da partida. Os primeiros começaram a sair, mas até os últimos começarem a pedalar ainda demorou um bocadinho, quando está muita gente presente existe sempre aquela inércia inicial.

Mal tinha percorrido 150m e o desgaste da bike de “3 séculos” fez-se sentir, a corrente partiu. Ainda foi necessário esperar que o restante pelotão passasse para que fosse possível recuperar a dita do meio do caminho, onde ficou literalmente estendida ao cumprido. Parte do grupo seguiu o caminho, fiquei para trás com outro elemento a tentar remediar a situação. Sacou-se de um elo rápido e tornou-se a colocar a corrente no sítio. Toca a guardar as ferramentas no saco para seguir novamente caminho. Mais 100m percorridos e não é que a corrente parte novamente e por um local diferente. Já tudo parecia perdido, a maratona da Beselga iria ser muito curta, mas eis que o Zé Beto saca do saco mais um elo rápido, toca a montar novamente a corrente e com 3 elos rápidos colocados lá nos pusemos ao caminho. De inicio a pedalar a medo, não fosse ela partir novamente, mas depois já mais confiantes começamos a imprimir velocidade porque havia que recuperar os mais de 20 minutos perdidos. Começamos então a descer, o caminho estava completamente desimpedido, foi um tal gozar na descida, usar toda a largura do trilho e num piso muito suave foi uma sensação muito boa, que já há algum tempo não sentia. Só a partir do Km 4 é que começamos a apanhar os mais atrasados e daí até ao primeiro reforço, por volta do Km 18, as palavras mais usadas foram “ dá-me a direita”, “dá-me a esquerda”, “olha o meio”, “obrigado”. O ritmo estava muito elevado, pelo menos para mim, e andar a ultrapassar os mais atrasados não foi nada fácil. Ainda assim logo na primeira grande subida, que nos levava até muito próximo dos 1000m de altitude, houve tempo para olhar em redor e ver uma panorâmica da maravilhosa paisagem circundante. Chegados ao primeiro reforço acabamos por nos cruzar com os restantes elementos do Geotrilhos que calmamente saboreavam os já famosos reforços da Beselga, onde não faltava a fruta, os sumos, as barras de cereais, folhados, água, etc.

Acabamos por não parar neste reforço para recuperar o tempo inicialmente perdido.
Seguimos por um trilho com uma envolvência de castanheiros, fazia lembrar as imagens standard para fundos de Desktop, e que permitiu à organização tirar umas excelentes fotos, individuais, a todos os participantes que passavam no local.
Embora existissem zonas com bastante água, em geral a composição do terreno permitia uma boa drenagem do mesmo e descidas como a que tinha a acompanhar a albufeira, próxima do local, faziam esquecer todo e qualquer cansaço que se pudesse sentir. Toda esta parte se faz a bom ritmo, apanhamos uma descida em alcatrão que permitiu atingir velocidades máximas muito próximas dos 70Km/h.

Por volta do Km 50 os participantes da meia maratona separavam-se dos participantes da maratona, todo o grupo do Geotrilhos foi fazer a maratona. Depois de tomar a direcção da maratona, e logo que as primeiras subidas apareceram, começaram as primeiras cãibras a sentirem-se. Isto muito por culpa da má hidratação feita nos primeiros Kms do evento, do ritmo inicial elevado - feito sem aquecimento -, e claro está dos cerca de 900m de elevação acumulados, realizados até então, que também iam fazendo mossa.

Uma grande parte destes últimos Kms foi feita por um trilho, na margem direita de um rio, que a medida que ia sendo percorrido desvendava paisagens de sonho. Pena foi que o cansaço já não permitia olhar para as mesmas, como inicialmente o fazíamos – pode ser que para o ano esta parte do percurso seja feita a descer. Um pouco mais a adiante paramos para dar uma ajuda a um participante que ficou com a corrente encravada entre o eixo pedaleiro e o quadro, aproveitamos a paragem para fazer também uns alongamentos. Daqui para a frente foi quase sempre a subir, até cerca do Km 65, onde se atingiu a altura de 860m. Pouco antes de terminar esta última subia ainda houve tempo para o último percalço do dia, um furo na roda de trás. Ainda se tentou remediar enchendo apenas a roda, mas poucos metros percorridos e chegamos à conclusão que era mesmo necessário trocar a câmara-de-ar. Seguimos caminho e depois de passar o último ponto de controlo foi sempre, ou maioritariamente, a descer até ao local de partida. Ainda antes de terminar, cruzamos uma estrada nacional através de um túnel – impecável – feito aproveitando o entubamento de um ribeiro e que serviu de trilho para a passagem dos maratonistas.

Chegados ao local de partida foi lavar as bikes e tomar um banho regenerador, para preparar o estômago para o almoço que se serviu de seguida.


Queremos dar os parabéns à organização, a logística envolvida era muito boa, era notória a dedicação e simplicidade dos voluntários que eram na sua maioria, se não todos, constituídos por gentes da terra. Muitos parabéns, esperamos para o ano lá estar todos novamente!

Fotos:
A.H.C.R.Beselguense 1
A.H.C.R.Beselguense 2
Albergas BTT
K7 BTT Team
Fotógrafo Paulo Ministro

Outros rescaldos:
Cagaréus Bike Team
Forúm BTT
Pedaladas Várias
Azelhas sem Travões
Quotidiano
Maia BTT team

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